Polcia Civil: "... deflagrou, nesta quinta-feira (22/5), a operao Descrdito, que resultou no cumprimento de 15 mandados de priso preventiva e 20 de busca e apreenso" em Belo Horizonte, M. Claros e ...." 52413j
Quinta 22/05/25 - 18h0117h13m, quinta-feira, da Polcia Civil:Polcia Civil prende 15 investigados por fraudes bancrias em operao no estadoA Polcia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, nesta quinta-feira (22/5), a operao Descrdito, que resultou no cumprimento de 15 mandados de priso preventiva e 20 de busca e apreenso em Belo Horizonte, Regio Metropolitana, Montes Claros, no Norte do estado, e So Sebastio do Paraso, no Sul mineiro.A ao teve como alvo uma organizao criminosa composta por ao menos 18 integrantes, incluindo gerentes e ex-gerentes bancrios, falsificadores de documentos e intermedirios. O grupo responsvel por aplicar golpes milionrios, com prejuzo superior a R$ 20 milhes, utilizando dados de pessoas fsicas e jurdicas para a obteno fraudulenta de emprstimos.Mais de cem policiais civis participaram da operao, coordenada pelo 18 Departamento de Polcia Civil em Poos de Caldas, por meio da Delegacia Regional em So Sebastio do Paraso, com apoio de equipes da capital e do Norte de Minas.Esquema criminosoDe acordo com o delegado Rafael Gomes, responsvel pela investigao, os suspeitos agiam de forma estruturada e dividida.A organizao tinha um coordenador que fazia a ponte entre os falsificadores de documentos e os gerentes das instituies financeiras. Os gerentes enviavam Fs e CNPJs com alto score, e os falsificadores criavam documentos falsos usando esses dados e fotos de comparsas. A partir da, contas eram abertas e emprstimos de alto valor eram contratados em nome das vtimas, detalhou.Em um dos casos, a Polcia Civil identificou um emprstimo de meio milho de reais feito em nome de uma moradora da Regio Metropolitana de Belo Horizonte. A vtima s descobriu o golpe ao ser surpreendida com a cobrana. Em outro exemplo, o delegado descreveu uma fraude de R$ 100 mil, feita contra um morador de So Sebastio do Paraso.InvestigaoAs investigaes comearam em setembro de 2024, aps uma vtima da cidade procurar a delegacia local. Um dos principais articuladores do esquema foi preso em outubro, em Belo Horizonte, o que deu incio apurao mais ampla.Segundo o delegado regional em So Sebastio do Paraso, Tiago Bordini, a investigao revelou que o golpe no se limitava a pessoas fsicas. Alm das vtimas que tiveram seus nomes usados, tambm h prejuzo direto s instituies financeiras, que foram enganadas com o uso de documentos falsos e conivncia de alguns de seus prprios gerentes, ressaltou.Resultados e desdobramentosAo todo, foram bloqueadas 97 contas bancrias e quebrados os sigilos bancrio e fiscal de vrios alvos. Entre os 15 presos, esto quatro gerentes bancrios em atividade e dois ex-gerentes, alm de falsificadores e operadores do esquema. Pelo menos trs dos detidos confessaram participao, um deles itindo que chegou a abrir 40 contas fraudulentas e que recebia 10% de comisso sobre os emprstimos contratados.No curso da operao, tambm foram cumpridos mandados em quatro agncias bancrias, pertencentes a trs instituies financeiras distintas, que colaboram com a investigao e j afastaram parte dos suspeitos de envolvimento.O chefe do 18 Departamento, delegado Marcos Pimenta, destacou a importncia da investigao conduzida pela equipe do Sul de Minas: A Polcia Civil est atenta e vai continuar reprimindo o crime organizado em todas as suas formas. Esse s o primeiro o, disse.A PCMG continua os trabalhos de anlise dos materiais apreendidos, como celulares, computadores, documentos e cartes bancrios virgens, e j planeja novas fases da investigao, que pode levar identificao de mais vtimas e envolvidos. *** 18h06m, quinta-feira, do jornal Estado de Minas, de BH: Ex-gerente de agncia bancria em MG confirma que recebia parcela em golpes Fraudes financeiras j geraram prejuzos de R$ 20 milhes. Quinze pessoas foram presas durante operao nesta quinta-feira (22/5) Clara Mariz Um dos ex-gerentes de uma agncia bancria preso durante operao que investiga um esquema de fraudes confessou que recebia 10% do valor de emprstimos feitos. Os crimes foram cometidos em unidades de trs instituies financeiras na Regio Metropolitana de Belo Horizonte. At o momento, a Polcia Civil de Minas Gerais (PCMG) estima que o prejuzo seja de R$ 20 milhes. Os detalhes do esquema foram esclarecidos aps a priso de 15 suspeitos na manh desta quinta-feira (22/5) durante o cumprimento de mandados de busca e apreenso e de priso preventiva. As ordens judiciais foram expedidas para endereos em: BH; Ribeiro das Neves, Betim e Sabar, na Regio Metropolitana; So Sebastio do Paraso, no Sul de Minas; e Montes Claros, na Regio Norte de Minas Gerais. As investigaes revelam um sofisticado esquema fraudulento envolvendo o conluio de gerentes de agncias bancrias, com atuao voltada obteno de emprstimos e movimentaes ilcitas em nome de terceiros. "A organizao criminosa especializada em fraudes bancrias e abertura de contas fraudulentas, com emprstimos em nomes de terceiros, vitimando no s a pessoa que teve a conta aberta, como a instituio financeira para quem os agentes trabalhavam", explicou o delegado Rafael Gomes, da Delegacia Especializada em Investigao de Fraudes, de So Sebastio do Paraso Entre as pessoas detidas esto: quatro gerentes das instituies financeiras lesadas e dois ex-funcionrios. Apesar de a investigaes prosseguirem, os suspeitos foram indiciados por organizao criminosa, lavagem de capitais, estelionato por fraude eletrnica, falsificao de documento pblico e uso de documento falso. Algumas delas confessaram o envolvimento, e um dos gerentes confirmou que fez 40 abertura de contas desse perfil, com emprstimos dessa magnitude. Ento, acreditamos que o montante desviado pode ser muito maior. importante salientar que todo o material ser analisado com calma e sem atropelo. E acredito que teremos outras fases em breve, afirmou Marcos Pimenta, chefe do 18 Departamento da PCMG. O esquema As investigaes comearam em setembro de 2024. Na poca, um morador de So Sebastio do Paraso procurou a corporao para denunciar que usaram seus dados para abrir uma conta bancria. A vtima afirmou que teve o nome negativado e, por isso, descobriu o esquema. Alm disso, ela estava sendo processada pela Justia do Trabalho. A vtima teve um emprstimo de R$ 100 mil aberto em seu nome. Conforme o delegado Rafael Gomes, a partir da denncia as investigaes apontaram que o suspeito era natural de Belo Horizonte e estava se ando pela vtima h mais de cinco anos. Ele apresentava uma carteira de identidade e uma Carteira Nacional de Habilitao (CNH) com os dados do prejudicado. Apenas a foto e a eram suas. Aps a priso, as apuraes apontaram que o homem era coordenador da organizao criminosa. Alm dele, outras 17 pessoas participam do esquema. Ainda segundo Gomes, o homem intermediava o contato entre os responsveis pelas falsificaes de documentos e os gerentes das instituies financeiras. Os funcionrios, sabendo do esquema, apontavam cadastros de pessoas fsicas e jurdicas que tinham boas pontuaes e, como consequncia, conseguiriam emprstimos de valores altos. Em seguida, os dados eram encaminhados para os falsificadores e as contas criadas. Assim, eles efetuaram emprstimos em quantias voluptuosas. Chegamos a identificar uma conta bancria em que foi feito um emprstimo de R$ 500 mil, sem que essa pessoa soubesse, afirmou o delegado Rafael. 3c536e