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Efemrides - Nelson Vianna
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| Por Efemrides - Nelson Vianna - 22/5/2011 08:06:50 |
| (Durante anos, o escritor e agrimensor Nelson Vianna, nascido em Curvelo e apaixonado por M. Claros, desde que aqui chegou, pesquisou a histria da cidade. Foi a arquivos, jornais, revistas e livros, entrevistou pessoas, vasculhou correspondncias enfim, buscou em toda parte fontes que permitissem levantar a histria do municpio de M. Claros. Conseguiu. Processou sua longa procura e publicou "Efemrides Montesclarenses", que cobrem o perodo de 1707 a 1962, revelando o que - neste perodo - aconteceu de mais importantes no cotidiano de nossas vidas. Nelson Vianna, apaixonado por M. Claros, reconhecido ao historiador Hermes de Paula, mais novo do que ele, mas seu auxiliar no trabalho, prestou - prestaram os dois, preciso gritar isto - uma das mais notveis contribuies civilizao dita montesclarina. Morreu sem ostentar riqueza material, mas o seu legado espiritual cresce a cada dia, embora ainda no seja suficientemente reverenciado. O tempo, sempre ele, tambm far esta reparao. Republicar a resenha histrica pacientemente ajuntada pode ser um comeo. Pelo calendrio do dia, sair publicado aqui, desde este 12 de janeiro de 2011, o que ele conseguiu desvendar no vasto tempo de 255 anos - entre 1707 e 1962, de uma Montes Claros nascente, criana e juvenil. Ajudar a cidade a se localizar. Talvez, a se achar. E haver sempre um preito de gratido a estes dois - Nelson Vianna e Hermes de Paula, e a muitos outros que, no silncio, onde Deus fala aos Homens, recolhem o aplauso geral): 22 de maio 1839 Em resposta aos devotos da Senhora do Rosrio, requerendo lugar para a edificao do Templo, o Fiscal da Cmara de Montes Claros de Formigas recomenda que se defira o pedido, ficando a rua com 45 palmos de largura, devendo a nova via ter em sua entrada, nesta praa, uma direo reta. A Igreja que se pretendia construir, era a do Rosrio, que permaneceu por mais de um sculo, no da atual avenida Cel. Prates, naquele tempo, rua do Jatob. Trazia indevidamente na fachada a data 1834, sbre a porta principal. Foi condenada pela Prefeitura Municipal de Montes Claros, e por ela demolida em 1960. 1885 Nasce, em Montes Claros, o poeta e compositor Joo Chaves, filho do prof. Joo Antnio Gonalves Chaves e dona Jlia Prates e Chaves. Fz os estudos primrios em sua terra natal, matriculando-se na Escola Normal Oficial de Montes Claros, no chegando a diplomar-se por ter sido o referido estabelecimento de ensino suprimido em 1905. Fundou em 1909, nesta cidade, o semanrio A Palavra onde, a par de excelentes artigos e crnicas, publicou os seus primeiros versos. Na mesma poca estreou na advocacia, obtendo pleno xito na tribuna forense. Em 1911 transferiu-se para Lassance, logo depois para Sabar e Curvelo, atuando nessas cidades como advogado e jornalista. Regressando terra natal em 1913, aqui fundou o semanrio literrio humorstico e noticioso O Sol, e deu o seu primeiro nmero a 27 de agsto de 1914. Atendendo ao aplo dos amigos, abriu um curso de msica e dirigiu a primeira orquestra digna dste me, que se organizou nesta cidade. Adotando a ofisso de advogado, vem exercendo-a, h mais de cinqenta anos, em vrias cidades, entre as quais Braslia de Minas e Bocaiva, tendo-se fixado definitivamente em Montes Claros, desde 1935. Foi vereador Cmara Municipal de Montes Claros, de 1. de janeiro de 1917 a 1. de janeiro de 1919. O poeta e o msico no se separam na individualide de Joo Chaves. Suas melhores composies em verso foram por le musicadas e, pela finura da inspirao, lograram tornar-se conhecidas at fora do Estado de Minas. Diversas poesias de sua lavra, com msica de composio sua, so ainda hoje rememoradas em sales e serenatas, sem que os executores saibam ao menos o nome do esquecido autor, mas sempre reproduzidas to smente por causa da sua beleza e sentimento. Assim que, a primeira modinha, intitulada Amo-te muito, cantada no filme nacional Revoluo em Vila Rica, uma de suas muitas composies. Tem pronto, para publicao, um. livro de poesias Risos e Lgrimas, de que foi extrado o sonto abaixo transcrito: MEU PAI H bem anos, meu pai, que tu morreste; E teu semblante plido e desfeito, Eu guardo no recndito do peito, Envolvido nas dobras cIo cipreste. Tua alma habita a regio celeste, Porque fste virtude sempre afeito. Como o limite da existncia estreito! Como to cedo assim o transpuseste! Tu me disseste hora de morrer: Faze bem minha vez. Deixo a existncia, Mas, meu filho, preciso te dizer... E depois... E, depois, nem mais um ai. Explicai-me, meu Deus, a reticncia Que morreu na garganta de meu pai. 1904 Publica-se, em Montes Claros, o nico nmero do jornal Dom Joaquim, com a finalidade no s de relatar os festejos promovidos pelos cnegos premonstratenses, pela Municipalidade e pelo povo, em homenagem a D. Joaquim Silvrio de Sousa, quando de sua visita a esta cidade, como a relao das obras pias aqui fundadas pelo ilustre Bispo Coadjutor da Diocese de Diamantina, a que pertencia, na ocasio, a Freguesia de Montes Claros. O referido nmero da flha foi impresso no prelo de propriedade de Eusbio Alves Sarmento. 1920 O professor Carlos Cato Prates, Diretor do Grupo Escolar Gonalves Chaves, de Montes Claros, aposentado com todos os vencimentos, por contar mais de 35 anos no exerccio do magistrio. |
Avay Miranda